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APLICAÇÃO DE VARIZES - ESCLEROTERAPIA DE VASINHOS

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Segundo o Conselho Federal de Medicina, procedimento deve ser realizado exclusivamente por médicos, preferencialmente, especializados em cirurgia vascular e angiologia 

 

A SBACV(Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular) vem recebendo, de alguns de seus associados, denúncias de que clínicas de estética têm oferecido no mercado, sem qualquer critério ou indicação do médico responsável, a realização de escleroterapia – procedimento invasivo que visa ao tratamento de varizes, consistente na injeção de medicamentos “esclerosantes” em um capilar, vênula ou veia de modo a destruí-la. Ao que consta, tal procedimento vem sendo realizado por profissionais de diversas áreas – da saúde ou não –, sendo que este ato é exclusivo de médico, indelegável, visto que envolve risco à saúde do paciente e possíveis efeitos colaterais.Embora seja um método de tratamento aparentemente simples, não está isento de complicações gerais e locais.Embora raramente, os pacientes podem apresentar desmaios, cegueira fugaz,  dormencias, enxaqueca ou mesmo convulsões durante ou após sessões de escleroterapia. Localmente podem ocorrer eventualmente inflamação ou trombose quando o agente esclerosante alcança uma veia superficial maior ou uma veia profunda, respectivamente. Ao nível da pele podem ocorrer esporadicamente úlceras de resolução espontânea, geralmente associadas a falhas técnicas quando [erram-se] o volume e pressão de injeção selecionados para determinado tipo de vaso alvo. As úlceras podem também estar associadas à injeção extravaso. Outras complicações locais temidas são as manchas hipercrômicas, muitas vezes indeléveis, associadas à deposição de hemossiderina na camada basal da pele. Por fim, em determinados pacientes, são também frequentes as recidivas.” Assim, a escleroterapia é uma terapêutica médica especializada e delicada, que exige do médico apuro técnico e treinamento prolongados para reconhecer imediatamente, evitar ou diminuir os índices de complicações acima apontados. A prática, portanto, deve ser restrita aos médicos, preferencialmente especializados em cirurgia vascular e angiologia, com conhecimento necessário  da doença, de modo a intervir imediatamente frente ao aparecimento de uma complicação. É ato privativo do médico a escleroterapia no tratamento de varizes de acordo com o ordenamento jurídico pátrio, não devendo, portanto, ser praticada por profissional não médico.

Autor

Dra Elisabete Alves de Almeida Brilhante

Dra Elisabete Alves de Almeida Brilhante

Angiologia e Cirurgia Vascular

Graduação em Medicina no(a) UFPB.